“Este anjo lindo e contundente” – por H.P

“Este anjo lindo e contundente” – por HP

Então, Em 1978 mudei da Florida para Nashville para participar de um programa de doutoramento em psicologia clínica. Eu tinha 37 anos e me mudei para um dormitório de faculdade que tinha muitos outros estudantes iranianos que tinham em torno da minha idade. Estava ocorrendo na época a revolução iraniana liberada pelo Aiatolá Khomenei. Décadas antes de meu país ter interferido nos assuntos internos do Irã e o colocado no poder o Shah.
Eu criei uma reunião com um amigo americano negro que se importava com políticas para que os americanos pudessem aprender mais sobre a situação do Ira.
Talvez 60 estudantes americanos da faculdade vieram a reunião e dois grupos de iranianos, um muçulmano e um secular. Meu amigo Sidney e eu falamos primeiro, e demos a nossa compreensão da situação no Ira. Quando foi o momento de fala para os dois grupos de Iranianos, seus discursos não eram de modo algum consensuais. Cada grupo estava muito agitado, e os americanos começaram a deixar o quarto.
De repente, uma pequena mulher com longos cabelos escuros com uma raia branca através deles, vestindo um casaco vermelho, saltou acima no argumento e começou a abanar o dedo muito fortemente para o grupo mais religioso iraniano. "Espere, espere!" – ela gritou, "O objetivo desta reunião é educar e organizar os americanos." (Ela tem razão – eles disseram – compreenderam que estavam ali em comum objetivo, para resistir à qualquer invasão do Ira, incitar a reflexão da responsabilidade do povo americano em relação ao ímpeto imperialista de seu país, referente as incisivas intervenções políticas dos fatos ocorridos no Vietnã e em países da América Central.) Os iranianos a ouviram e somente depois tomaram seus rumos.
Esta foi minha introdução para Clenice para quem não a conheceu nem ouviu falar dela. De alguma forma com extrema empatia ela tinha compreendido o objetivo da reunião e a tinha salvado com a contundência e a precisão de sua personalidade. A reunião continuava com as pessoas que estavam, fora deixada talvez metade de sala.
Uma semana depois conheci este anjo lindo e contundente em um refeitório de faculdade e nós conversamos e conversamos. Clenice decidida que sua boa amiga Leila e eu tínhamos de nos encontrar e ela iria nos apresentar, que nós seriamos perfeitos juntos. Descobriu-se de fato que Clenice era muito boa falando em uma reunião política, mas que ela foi fracasso como uma casamenteira, intrometida ou fofoqueira! Após ter conhecido a energia e beleza, e a compreensão de Clenice, eu era incapaz de ver Leila verdadeiramente como uma pretendente.

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